Leonardo diz que aceitaria ser técnico da seleção brasileira

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‘Não falei com ninguém da CBF, só o que sei é o que a imprensa diz’, conta o ex-treinador do Milan

AE – Agência Estado

Cotado como um dos nomes para a sucessão de Dunga na seleção brasileira, Leonardo assumiu nesta terça-feira, em entrevista à emissora de televisão Sky Sport, da Itália, que aceitaria um possível convite da CBF para assumir o cargo de treinador.

Leonardo quer mudar a imagem de dirigente


Quem deverá ser o técnico da seleção?

“Sim, estou disposto. É a primeira vez que falo isso porque quando estava no Brasil achei que não era o momento adequado para assumir essa posição”, afirmou o ex-jogador, que está desempregado após ter dirigido o Milan na última temporada.

Leonardo é cotado para o cargo por ser um profissional identificado com a seleção brasileira – participou das Copas de 1994 e 1998 – e por ter boa relação com a imprensa e bons contatos no futebol europeu, já que trabalhou como dirigente do Milan antes de virar treinador. Pesa contra ele, no entanto, a inexperiência: só tem um ano na profissão.

“Não falei com ninguém da CBF, só o que sei é o que a imprensa diz. Acho que a minha trajetória confundiu um pouco as pessoas no Brasil. A minha imagem era muito ligada à função de dirigente, mas na temporada passada trabalhei como treinador. E o vírus de dirigir um time é muito perigoso”, avaliou.

Leonardo se disse preparado para provocar uma reforma na CBF e no próprio estilo de jogo da seleção brasileira. “É preciso construir um projeto sério para formar uma equipe que jogue num estilo que agrade ao torcedor brasileiro. Não procuro um emprego, e sim um sonho. Estou há muitos anos fora do Brasil, mas decidi me colocar à disposição. O Brasil está diante de uma grande oportunidade de mudar a forma de gestão da seleção. Há algumas estruturas muito antigas, por isso novas ideias são necessárias. É preciso formar uma grande equipe de trabalho e definir claramente as funções de cada um. Se eu não for o escolhido, pensarei depois no que fazer”, afirmou.

O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, escolherá o novo treinador da seleção até o fim de julho. O próximo compromisso da equipe será no dia 10 de agosto, em Nova York, onde disputará um amistoso contra os Estados Unidos.