Lula defende Geddel nas acusações de repasses

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Depois de lamentar a tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atacou os críticos que acusaram o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), de ter canalizado a maior parte de recursos do Programa de Prevenção e Preparação para Desastres para a Bahia, terra natal de Geddel (que pretende concorrer ao governo estadual). “Eu acho pobre é que as pessoas esperam acontecer uma desgraça dessa magnitude para ficar tentando fazer joguinho político pequeno”, disse o presidente Lula.

Lula disse que sugeriu ao ex-ministro que procure o Tribunal de Contas da União (TCU) para reclamar da denúncia contra ele e exigir provas das denúncias. “Não é possível, em função de uma desgraça que se abate, fazer uma leviandade. É uma leviandade de quem falou”, disse. O TCU recebeu denúncia de que municípios da Bahia receberam mais repasses do programa de prevenção para desastres e que o Rio de Janeiro teria recebido apenas 1% das verbas destinadas pelo Ministério.

Neste momento, segundo o presidente, o primeiro a ser feito é se solidarizar com o povo do Rio e “pedir a Deus que a chuva pare no Rio e em São Paulo e que vá para o Nordeste”. Lula contou que conversou com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e com o de Niterói, Jorge Roberto Silveira (PDT), e avisou a eles “que o governo federal está totalmente disposto a fazer o que for preciso, o que tem de ser feito para ajudar o Rio”.

Lula confirmou que será assinada uma Medida Provisória com liberação de verba emergencial de R$ 200 milhões. O presidente disse ainda que, quando acontece uma tragédia como essa, tem de esperar parar de chover para fazer um levantamento real das necessidades. Ele disse que conversou com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e pediu que quatro mil casas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sejam repassadas para o Programa Minha Casa, Minha Vida para atender as necessidades das pessoas que moram em área de risco.

Segundo o presidente, é preciso aumentar o nível de consciência dos dirigentes para que eles não permitam que as pessoas mais pobres construam suas casas em áreas de encosta ou em beira de córrego. “Quando acontece uma desgraça, não aparece o responsável que deixou as pessoas irem para as encostas. Se tivesse cuidado no começo… quando tem uma casa, pode cuidar. Quando tem mil, vira problema social e não se consegue mudar mais nada”, disse. Informações Jornal A Tarde