MÍDIA ARROGANTE – Análise de Contextos políticos contemporâneos por Paulo Pires


 
                                                                                                                                                           JUSTO LEAL

A simpática,  mas tendenciosa jornalista Cristiana Lobo da Globo News, comentou ontem em tom desairoso que considerava a substituição do senhor Afonso Florence (PT-BA) agora ex-Ministro do Desenvolvimento Agrário pelo senhor Pepe Vargas (PT-RS) (ambos da  corrente Democracia Socialista do PT) como algo que deveria ser avaliado com mais cautela.

Considera a jornalista que a substituição foi inesperada e que a Mídia em nenhum momento teve sinais de que aquela substituição seria feita.

Ora, ora. Quer dizer que para a senhora Dilma Roussef fazer uma substituição em seu Ministério tem que consultar ou avisar  à Mìdia?

Alberto Dinis, uma dos maiores  Jornalistas brasileiros de   todos os tempos, titular do  Observatório da Imprensa (TV Brasil) fez um programa onde colocou com muita propriedade essa questão da arrogância da Mídia.

Dinis, como é do seu feitio, afirmou com propriedade e citando casos concretos, que muitas vezes a Mídia se arvora em atuar como se fosse juiz ou a consciência da sociedade. Os casos expostos pelo experiente Jornalista deram uma prova cabal de como  os meios de comunicação foram  precipitados, exarcebaram e se excederam na sagrada função de informar com ponderação.

Seria o caso de perguntar à senhora Cristiana Lobo: Quem foi eleita para governar o Brasil? Cristiana Lobo ou Dilma Roussef?

Ao que consta, o Político tem como primeiro dever  cumprir a Lei (ou as Leis). Em segundo manter uma relação de compromisso com a Sociedade (inclusive com aqueles que nao votaram nele) e em terceiro lugar fazer uma administração transparente, onde todos os seus procedimentos gestoriais possam ser examinados pelos órgãos fiscalizadores e pela população de modo que ninguém tenha dúvida sobre a lisura dos seus procedimentos.

Cabe a Mídia, em quarto lugar, informar com isenção e neutralidade sobre o que ocorreu com exatidão e deixar o julgamento para a Sociedade. O resto é tendenciosidade e nada mais.