O Caos da violência contamina e gera insegurança a milhares de cidadãos deste país. Municípios que até pouco tempo era reconhecido como pacato e de grande tranqüilidade pra se morar, trabalhar, estudar e viver, nos atuais dias, não as possui mais

mao_sangue. A violência impera de forma desenfreada e desafiadora. Na Bahia, e principalmente nos municípios do interior, a falta de políticas afirmativas e progressivas e parcerias e entendimentos dos governos:  municipais, estadual e federal para enfrentar a realidade como ela  se apresenta, é de fato, o maior entrave para que se resolva algumas coisa. Pois, cada um destes entes federados se isola e se omitem de cumprir o seu verdadeiro papel, portanto, as suas responsabilidades constitucionais.  Todos sabem que a segurança pública é uma responsabilidade de todos, mais, antes de tudo, é um dever do estado. Que é o gestor natural – e para isso tem que está presente em todas as demandas, seja:  geração de empregos, educação, saúde e segurança para todos…, e….

Caro leitor, a partir deste parágrafo, o jornalista Antônio Torres – expõem a realidade do que ocorre no município de Brumado.

Artigo: Antônio Torres.

MELIANTES

Um site local denuncia a nova onda de assaltos, furtos e roubos praticados na cidade de Brumado, muitos deles, crimes de alta periculosidade, são praticados por menores que não ficam presos em obediência à Lei que os protegem. De tempos em tempos esse fato ocorre apavorando a sociedade que clama por justiça e uma ação mais enérgica das autoridades inerentes para coibir esse quadro de agressões aos cidadãos.

Dessa forma o site anuncia: “A sociedade espera que medidas de impacto sejam tomadas pelo Governo do Estado, em caráter de maior urgência, para que esse quadro atual seja revertido e a população possa voltar a respirar sob os ares da normalidade”.

Um ditado antigo diz: “Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil”. Essa frase é uma metáfora alusiva à criminalidade hodierna. É preciso que se faça uma reflexão sobre o modelo atual de repressão, porquanto o crime tem se recrudescido de maneira assustadora e os meliantes não têm mais medo nem receio das autoridades repressoras. Existe local em que as polícias são recebidas à bala, dessa forma, intimidam e se acham os donos do pedaço.

Diante dos fatos ocorrem-me os seguintes casos: Um fazendeiro rico, criador de gado de corte, teve alguns animais abatidos no pasto e o ladrão levava apenas as carnes, deixando o restante para os urubus.

Diante disso o fazendeiro chamou um capataz, pessoa de sua confiança, acostumado a cumprir as ordens do patrão, e o incumbiu de descobrir o sujeito que atingiu o seu patrimônio.

Descoberto, o meliante fora levado à presença do pecuarista que o tratou com bastante calma dando-lhe conselhos para não agir fora da lei e que procurasse um trabalho para ganhar o seu sustento honestamente.

Em seguida avisou ao capataz que desse uma “farofa com carne de sol” (sumiço) e o levasse para bem longe. Ao regressar o capataz veio montado em seu animal puxando pelo cabresto o cavalo do meliante fez ciente ao patrão que cumprira a missão. Dessa maneira, aplicou-lhe uma pena severa – a morte. Fez justiça ao seu modo sem procurar as autoridades para a resolução do caso.  Justiça do coronel.

Conta-se, também, que um delegado, linha dura, teve a sua residência assaltada e não capturando o larápio, tomou ojeriza dessa gente amiga do alheio que não trabalha e estuda elegendo o crime como uma profissão. Assim apavoram os cidadãos incautos instigados a não reagir além do que, por lei, proibidos de portar arma de fogo que o marginal adquire com a maior facilidade.

Quando punha as mãos num deles, algemava em uma cadeira, de forma que não esboçasse reação e instilava num dos olhos uma substância química que o cegava. Em seguida colocava uma atadura e no dia seguinte o soltava com a recomendação: “Se voltar novamente a próxima intervenção será no outro olho, viu filho?”

Com esse procedimento fazia também justiça particular, com abuso de autoridade.

Os foras da Lei sempre existiram, vêm de priscas eras, entretanto, atualmente, o homem se embruteceu e o crime é associado às drogas, como o crack que se alastra de forma inconcebível, sendo chamada de “arma química” de reação rápida e devastadora para o comportamento e para a saúde do usuário, trazendo sérias consequências para a família e a sociedade.

É preciso uma atuação mais enérgica, para isso é necessário aumentar o contingente em quantidade suficiente para o policiamento investigativo e ostensivo, viaturas, cadeias modernas e um novo método de ação, de maneira, que traga tranquilidade ao cidadão.

Com bandidos não se pode contemporizar, mesmo sendo menores. Quando reincidentes, se aproveitam da impunidade legal e se dedicam ao crime, portanto, devem ser tratados como tal, porquanto os pais não têm sobre os filhos marginais nenhuma autoridade e muitos são cúmplices.

Um professor universitário em entrevista concedida à TV se disse cético sobre a reversão dos drogados e sua inclusão social.   Disse ainda que o poder público precisa cuidar dos que vão nascer, educando-os para o bem, pois os atuais viciados não têm recuperação. Esse foi um desabafo de um intelectual que sentiu na pele a agressão e o horror de bandidos enfurecidos pelas drogas.

As drogas precisam ser extirpadas o quanto antes e para isso é necessário que as autoridades contem com a colaboração do povo cuja atuação é imprescindível para se dar cabo aos traficantes e fornecedores.

Brumado espera e confia nas autoridades para uma ação intensiva de modo a conter a ousadia dos vagabundos que agem em bandos ou isoladamente dando prejuízo às pessoas trabalhadoras. SEGURANÇA URGENTE É O QUE PLEITEIA A SOCIEDADE BRUMADENSE.

Antonio Novais Torres

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Brumado em 17/3/2010.