O Municipío de Brumado comemora 135 anos de sua emancipação política

No dia de  hoje, 11 de junho, o município de Brumado esta festajando seu aniversário, são 135 anos de sua emancipação política.

Segue algumas obesrevações sobre o seu  perfil, bem como alguns fragmentos de sua históira. Parabéns Brumado.

Conhecido como a capital do minério, o Município de Brumado situa-se na Região Sudoeste da Bahia, limitando-se com os Municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Aracatu, Rio de Contas, Malhada de Pedras, Caetité, Jânio Quadros e Rio do Antônio.

O município está inserido no Polígono das secas, o que dificulta o crescimento das atividades.

É o município de melhores índices de desenvolvimento social e econômico da região, excetuando-se Municípios de Vitória da Conquista. Estes índices, juntamente com o fato de Brumado ser um importante entroncamento rodoviário (BA 262, BA 148 e BR 030) tornaram o município um natural pólo de atração para os vizinhos

A economia do município está baseada na mineração, particularmente de magnesita e ta;co, e no comércio. Sua população é de 61.000 (sessenta e um mil) habitantes, conforme censo realizado no ano de 2000.

UM POUCO MAIS DA HISTÓRIA

1. Povoado:

A Fazenda Bom Jesus dos Meiras era um pequeno povoado que pertencia ao município de Livramento do Brumado das Minas do Rio das Contas. Com a criação do Município de Caetité, o povoado Bom Jesus dos Meiras passou a pertencer ao Município de Caetité.

2. Distrito:

Com o passar dos anos o povoado Bom Jesus dos Meiras passou a ser distrito.

Foi Antônio Ledeslau de Figueiredo Rocha Vice-Presidente da Província da Bahia, que decretou e assinou a lei que elevou Bom Jesus dos Meiras à condição de distrito em 19 de junho de 1869 através do Decreto Lei nº 1.091.

A pedido dos habitantes o Sr. Antônio Pinheiro Pinto (Canguçu), 2º Senhor do Brejo contribuiu para a construção da Capela Bom Jesus, hoje Igreja Matriz de Brumado, que foi chamada de Igreja Senhor do Bonfim em homenagem ao nosso Padroeiro Bom Jesus, e teve como 1º vigário o Padre José Mariana Meira Rocha.

3. Vila:

Emancipação política – separa de Caetité.

Em 11 de junho de 1877, Bom Jesus dos Meiras desmembrou-se politicamente de Caetité, com a Lei Provincial nº1756, ocorrendo a elevação para vila e com a criaçãodo seu próprio município. O autor do Prejeto foi o deputado provincial Dr. Marcolino Moura.

Quem comandava a política nesta época era o Coronel Exupério Pinheiro Canguçu, o 3º Senhor do Sobrado do Brejo.

Criou-se a 1ª Câmara Municipal de Vereadores em 13 de fevereiro de 1878.

Presidente: Cel. Exupério Pinheiro Conguçu

Secretário: Belarmino Jacundes Lobo

Procurador: Rufiniano de Moura Amorim

Fiscal: Plácido Guedes d’Oliveira

Porteiro: Francisco Alves Piranha

4. Mudança do nome de Bom Jesus dos Meiras para Brumado – Era de Vargas:

Foram nomeados interventores de 1930 a 1932 – Padre José Dias Ribeiro da Costa. Na sua gestão deu-se a mudança do nome Bom Jesus dos Meiras para Brumado em 1931. O Decreto Lei Estadual nº 7479 foi assinado em 8 de junho de 1932, quando o Dr. Bernardino de Souza, então Secretário de Justiça do Estado, entendeu, por sua livre vontade e arbítrio, e sem consultar o povo meirense de mudar esse nome histórico Bom Jesus para Brumado, um nome realmente inexpressivo, e sem anexo, sem histórico.

5. Cidade:

A Vila de Brumado recebeu foros da cidade pelos Decretos:

Decreto Lei Federal nº 311 de 2 de março de 1938

Decreto Lei Estadual nº 1724 de 30 de março de 1939

O interventor Político da época Marcolino Rizério Moura.

6. Comarca:

O povoado de Bom Jesus dos Meiras pertenceu a Comarca de Rio de Contas.
Quando Distrito passou a pertencer a Caetité. Posteriormente, formou-se a comarca, juntamente com a Vila do Brejo Grande – Ituaçu.
Em 1935, foi implantado a comarca no Município já denominado Brumado. Foram nomeados várias juízes. Em 1945 nomeado o 1º juiz – Dr. Duarte Barreto de Aragão – 16.06.1945.

UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE BRUMADO

O município de Brumado situa-se em terras outrora pertencentes à fazenda do Campo Seco.
O padre André Antunes Maia herdou a fazenda de seu pai, João Antunes Moreira, e a vendeu, em 30 de Junho de 1749 a José de Souza Meira.
A fazenda do Campo Seco foi alienada por $1.462.700, com 232 cabeças de gado vacum, 105 cabeças de gado cavalar e um negro chamado Manuel, de nação Mina. Em 1755, a fazenda do Campo Seco já pertencia ao familiar do Santo Ofício, Miguel Lourenço de Almeida. A fazenda Serra da Éguas, hoje celebre pelas jazidas de Magnesita, pertencia, em 1764, ao padre André Antunes da Maia. Quando o capitão Francisco de Sousa Meira chegou na região no final do século XVIII, naturalmente a encontrou com uma paisagem cultural formada pela ação colonizadora de Miguel Lourenço de Almeida e seus antecessores.

Após uma rápida estada aqui, o capitão Francisco de Sousa Meira tomou novas iniciativas afim de dar prosseguimento à sua rota para a conquista do nosso continente.
O seu maior trabalho era oferecer resistência às tribos selvagens, que , embora se fossem dispersando à aproximação dos visitantes, costumavam entretanto atacá-los.
Presume-se que dali partindo em 1813, os aventureiros atravessaram o rio Brumado, vindo da Serra das Almas, margeando para o seu flanco direito até atingirem a foz do Rio do Antônio.
Daquele ponto do vale do mesmo rio, localizava uma aldeia de índios ferozes, aos quais ofereceram sério combate perto do local onde se encontra situada atualmente a cidade de Brumado. Deram a esse ponto a denominação de “Conquista” e aí permaneceram por algum tempo.

Premiado, porém pelas lutas que de vez em quando o castigava dada a impetuosidade devastadora dos indígenas, o capitão Francisco de Sousa Meira resolveu se transferir com todos os seus aventureiros para uma posição mais cômoda. Subiu pela margem esquerda do Rio do Antônio e se fixou numa área mais ou menos calma, onde fundou uma fazenda, que denominou – Bom Jesus do Campo Seco. com o decorrer dos anos e com a evolução natural, criou-se mais abaixo – aproximadamente 3 léguas – pela mesma margem do rio uma pequena povoação que foi tomando vulto, graças aos êxitos obtidos pelos esforços dos aventureiros que nessa altura já se entregavam de corpo e alma as explorações agrícolas e na pecuária, dando vida à povoação, que seria mais tarde a sede do Município de Brumado.

Na divisão administrativa do Brasil concernente ao ano de 1911, o município de Bom Jesus dos Meira – compunha-se de um só distrito – o do mesmo nome.
Por força dos decretos estaduais Nº 7455, de 23 de Junho de 1931 e 7479, de 8 de Julho do mesmo ano, o município passou a denominar-se Brumado, figurando na divisão administrativa do Brasil. Em 30 de Março de 1938, Brumado passou a compor-se de cinco distritos: Brumado, Cristais, Olhos D’água, Santa Bárbara dos casados e São Pedro. Entretanto, os distritos de S. Bárbara dos casados, Olhos D’água e São Pedro tiveram mudados seus topônimos para Ubiraçaba, Itaquari e Aracatu, respectivamente e o distrito de cristais passou a ser Cristalândia.

 

A ORIGEM DO NOME BRUMADO

Ensina Teodoro Sampaio que o nome Brumado, em tupi, é Itimbopira
(Y – timbó – pyra). Que significa enevoada, coberto de bruma.

O padre José Dias, para justificar o nome Brumado, costumava relatar que o nome se originava da Serra Geral e da chapada Diamantina, que à norte quando acontece a cerração, o amanhecer é coberto por brumas descendo das Serras das Éguas cobrindo a cidade.

Outra versão: A origem do Nome Brumado ou o seu étimo está ligado à palavra bromo (bromo). Era empregada pelos mineradores e bandeirantes para desiguar perda ou engano, mistificação ou desaparecimento do outro na lavra ou córrego que se supunha rico desse minério.

Com a ortografia antiga se denominava qualquer lugar onde a formação do ouro e a sua pinta eram aparentemente boas enganando os faiscadores e mineiros que decepcionados, deixavam o local à procura de outro, mais promissor.

Segundo Bluteau, dicionarista, o termos Bromado tem sua origem no Castelhano “broma”. “Bromar” e embromar são verbos do dialeto regional (bromado, explica o escritor mineiro Nelson de Serra é o que virou Ogó, por ter sumido da mina ou córrego ou rio

Outra versão: Na época da mineração, o rio Bromado, era vasculhado na busca do ouro. Para separar o cascalho do ouro os mineradores usavam um metal chamado Bromo, de cor vermelho escuro, muito reativo e venoso, que tingia as águas do Rio de cor vermelha. Daí, passaram a chamar o Rio Brumado ( origem do Rio Brumado). Durante a seca com a falta de água no seu leito, os habitantes ribeirinhos diziam: “O Rio Bromou”!

Ou, este nome Brumado teria tomando empréstimo ao homônimo ( que ou aquele que tem o mesmo nome), Rio Brumado que descendo de Rio de Contas, também atravessa algumas terras da nossa região.

Não seria mais prático denominar de Brumado a atual cidade de Livramento de Nossa Senhora, uma vez que, esse rio corta-a pela margem direita , após formar bela cachoeira? Dia Mozart Tanajura.