OAB -Seção Bahia manifesta preocupação com a escalada incontida da violência que ocorre em todo o estado da Bahia

{705818E9-3C6D-4879-9FA9-149CDEF49546}_saulConfira abaixo, artigo feito presidente da OAB, Saul Quadros, que solicita ao governo de Estado ação efetiva para com a violência:

Diante da escalada incontida da violência, ignorando a vida humana como bem maior que a todos cabe preservar, a Ordem dos Advogados do Brasil -Seção Bahia manifesta sua apreensão e, ao mesmo tempo, exige uma efetiva tomada de posição para enfrentar a grave situação que põe em xeque o convívio da sociedade.

Os registros da mídia apontam para um quadro que, a cada dia, assume contornos mais sangrentos. Vidas são destruídas como meros objetos sem qualquer valor. Independentemente de condição social, vítimas desta violência tombam por balas ou por elas são incapacitadas, sem que também se escolham bairros da cidade ou faixa etária dos alvos da insânia brutal.

Se o aparelho repressor instala-se em conhecidas zonas de alta criminalidade, criminosos migram para outras áreas da cidade e aí instalam novas trincheiras. Mata-se a qualquer hora, em qualquer lugar, o cidadão anônimo, ou o profissional da própria segurança pública, da advocacia, da imprensa, de qualquer segmento social, ou tenta-se pôr fim a tantas vidas em troco de nada.

Afigura-se, desgraçadamente, a ruptura das mais elementares normas de convivência social, paralelamente a um indisfarçável sentimento de frustração da sociedade em relação ao direito de viver. Em pleno século XXI, seria desolador retroceder ao tempo do talião, revelado em atitudes que são estimuladas pela falta de medidas eficazes para combater o crime organizado e pelo crescente índice de assassinatos, assaltos, roubos e furtos de veículos, tráfico de drogas e outros crimes.

Fiel à sua história de permanente defensora dos direitos da cidadania, a OAB-BA clama pelo respeito à vida, concitando as autoridades às quais compete garantir a segurança pública a ações concretas no sentido de torná-la efetiva.

A sociedade não pode admitir a banalização do crime, nem que os cidadãos passem a viver como virtuais prisioneiros de bandidos, premiados pela conjugação de um aparelho repressor que não consegue reduzir a criminalidade com a impunidade decorrente da morosidade judicial.

(Escrito por Saul Quadros)

(Postado por Vanessa Barroso)