Artigo: PEQUENAS NOTAS – Festival de Inverno & outras coisas


                                                                                                                                                               Paulo Pires

 


 

Terminado o Festival de Inverno de Vitória da Conquista, seria pertinente fazer breves comentários sobre o evento. O primeiro é felicitar a todos porque em meio a uma Festa daquele tamanho e com tantas pessoas enchendo o “tanque” houve pouquíssimos incidentes de ordem policial. Isso mostra que o Povo de Conquista e o pessoal que veio de fora para assistir aos shows e participar da festa são gente da “melhor qualidade”.

O ex-senador Antônio Carlos Junior, filho do lendário ACM e pai do deputado ACM Neto, não conseguiu esconder sua admiração pelo povo e pela festa. Em alguns momentos derramou-se em comentários externando boas impressões sobre nossa gente e nossa cidade.

Os irmãos Vitor e Léo, dupla que roda o Brasil como poucos artistas na atualidade, ficaram impressionados com as meninas e os meninos de nossa cidade. Melhor ainda: Disseram em particular e no meio do show que estavam encantados com Vitória da Conquista.

Frejat, amigo-irmão de Cazuza foi outro que sapecou elogios à nossa cidade (é a terceira vez que ele toca aqui).  Levando em conta que o ex-líder do Barão Vermelho é nascido e criado no Leblon (um dos bairros mais elegantes do mundo), receber espontaneamente elogios de uma pessoa do naipe dele, é motivo de orgulho.

Tony Garrido, da Banda Cidade Negra, sem que ninguém esperasse, confessou que quando fêz o contrato para vir tocar aqui, achava que se tratasse de numa cidadezinha do sertão, sem nenhum atrativo. Mas que nada, disse ele: “Estamos encantados com essa cidade de Vitória da Conquista. Mas disse que esperava um frio que justificasse o nome do evento: Festival de Inverno. Realmente ele falou certo. O frio esse ano passou longe.

Nando Reis, nascido em São Paulo e acostumado com frio, disse que dessa vez não deu prá “sentir nada de frio”. Mas não se esqueceu de dizer que adorava tocar aqui para essa rapaziada maravilhosa e para essa cidade que já está em seu coração. Chegou até confessar que gostaria de ficar mais uns dias para conhecer melhor nossa Conquista, pois sente que a cidade e ele tem tudo a ver.

Meses antes de acontecer o Festival de Inverno, o dinâmico e imprescindível empresário da área de entretenimento Pedro Alexandre Massinha, trouxe Gal Costa para que boa parte de nossa sociedade conhecesse ao vivo a voz dessa esplendorosa cantora brasileira. Gal realizou um show (ou um recital como diria Elomar) inesquecível no Centro de Convenções Divaldo Franco.

Além de mostrar-se uma artista de talento inquestionável, a grande cantora, amiga-irmã de Caetano Veloso, mostrou aos conquistenses que também é uma pessoa admirável. Andou pelas nossas ruas, tomou café com seus músicos e assessores na Padaria Chame Chame da Rua Siqueira Campos, e deu prá ver que ela se comportou como se estivesse em casa.

Depois do café Gal foi ao centro da cidade (sempre com a companhia zelosa e profissional de Massinha), fez compras no Spaço X, fez fotos com a maior delicadeza com quem lhe pediu, esbanjou simpatia e simplicidade. E uma coisa ficou para sempre na mente de quem estava com ela: A admiração demonstrada pela nossa Cidade. Numa paradinha na Tancredo Neves, por exemplo, Gal não agüentou e disse prá Massinha: “Que lindo! Que lindo!”.

À noite, quando da apresentação no Centro de Convenções, a grande Diva do Tropicalismo percebeu o charme do povo conquistense. Depois do show fez mais fotos, falou com as pessoas, riu, foi elogiada, falou da cidade, disse estar encantada, não poupou elogios.

Evidente que Gal não sabe, mas ela estava na terceira maior cidade do nordeste brasileiro em todos os quesitos (só perdemos para Feira de Santana e Campina Grande). Somos a terceira maior rede de Escolas Públicas do interior do Nordeste, idem como rede de atendimentos de saúde (clínicos, ambulatoriais e cirúrgicos). Somos a oitava cidade brasileira em termos de crescimento econômico (vejam que em Economia já estamos  disputando o Campeonato Nacional). Nosso PIB, em que pese a falta de visão histórica de governantes estaduais em relação ao Desenvolvimento Regional, chega a patamares miraculosos. Não é à toa que todos que aqui chegam ficam impressionados com esta cidade.  Viva Vitória da Conquista e hasta la vista muchachos!