Polícia Militar encerra greve na Bahia

Grevistas aceitaram acordo que o governo tinha proposto

O coronel Castro comemorou o fim da greve e ressaltou que manterá abertas as negociações com a categoria. Segundo ele, pontos da pauta de reivindicações estão sendo estudados pelo governo, como a criação do auxílio-acidente. Quanto ao pagamento das gratificações fracionadas até 2015, o comandante ponderou: “Sei que não é o ideal, mas é o real e concreto”. Segundo Castro, as faltas ao trabalho de sexta e de ontem serão descontadas como faltas normais, e não serão interpretadas como crime de adesão à greve, previsto no Código Militar.

Castro afirmou que se reunirá com o comandante da operação do Exército, general Gonçalves Dias, para discutir o fim do uso das Forças Armadas no policiamento. Mas, segundo Castro, mesmo com o fim do motim, provavelmente o Exército e a Guarda Nacional devem participar do policiamento no carnaval. “Poderemos precisar”, disse.

Reajuste de 6,5% retroativo a janeiro deste ano.
Gratificação Policial IV (GAP IV) terá pagamento parcelado a partir de novembro (70% do total ) e 30% em abril de 2013.
Gratificação Policial V (GAP V) a ser parcelada a partir de março de 2013 até 2015.
Não haverá revogação dos mandados de prisão dos policiais e bombeiros suspeitos de ações violentas durante o motim. A Justiça determinou que 12 líderes do movimento deveriam ser presos. Até ontem, tinham sido presos o líder dos grevistas Marco Prisco, Antônio Paulo Angeline e a sargento Jeane Batista, que não estava na lista, mas foi presa ao ser flagrada tentando articular a invasão de um batalhão. Ontem, a Polícia Federal estava em Ilhéus tentando prender outro líder, Augusto Júnior

Rafael Rodrigues
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Durou 12 dias o motim da PM baiana. Já sem fôlego, acabou ontem, às 20h30, após assembleia da categoria no Sindicato dos Bancários, nos Aflitos. A decisão foi tomada pela cúpula do movimento horas antes, na casa do deputado estadual Capitão Tadeu (PSB).