Preço a ser pago pelo país por Eduardo em Washington será astronômico

Foto: Dida Sampaio/Agência Estado/Arquivo

Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do homem

Não tarda e todo o país deverá tomar conhecimento do preço que o tesouro terá que pagar pela indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao posto mais importante da diplomacia brasileira no Exterior.

Eduardo Bolsonaro, um dos zeros do presidente da República, é tão bronco ou até pior do que o pai. E está sendo indicado exclusivamente porque é seu filho. Ele sabe que os senadores também não o topam.

Num país sério, o governante sequer cogitaria do nome de Eduardo, a quem faltam todas as credenciais para assumir o cargo, para enviar à Embaixada brasileira nos Estados Unidos.

É nisso que os senadores que querem negociar a peso de ouro a aprovação ao seu nome se pegam. Diferentemente do que já ocorreu na Câmara, com a proposta de reforma da Previdência, eles não viram até agora uma emenda liberada.

Nem a entrega de cargos em estatais e outros órgãos governamentais importantes em troca de apoio ao governo. Pois é chegada a hora de tudo mudar. E o presidente da República sabe disso.

Aliás, apesar do discurso contra o toma lá dá cá, quando não é da sua conveniência, Bolsonaro criou uma situação que só pode ser resolvida na base dos piores métodos da velha política.

As raposas do Senado sabem como chegar onde desejam aproveitando da obsessão pessoal do pai em fazer de um filho embaixador a qualquer custo. E já fazem abertamente isso, aumentando a tensão em torno da votação.

Na última semana, um parecer da equipe técnica do próprio Senado estatuiu que a indicação do filho do presidente é nepotismo, o que o bom senso decreta antes de qualquer estudo superficial.

Agora, os senadores fazem chegar aos ouvidos do presidente que a tendência é contra a aprovação do nome de Eduardo. Tudo bolado para aumentar o preço da votação em favor do filhão.

E a sociedade, impassível, assistindo a tudo isso do lado de fora, em meio a uma das mais severas e tristes crises econômicas da história do país.

P.S. A virtual atuação de Eduardo Bolsonaro como Embaixador em Washinton é um capítulo à parte.