Presidente licenciado do IDSB, Eduardo Moraes, fala sobre as Eleições 2012 em entrevista

O presidente licenciado do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB), Eduardo Moraes (PC do B), em entrevista concedida ao Jornal O Piquete Bancário, fala da sua trajetória política e de suas aspirações como candidato a vereador de Vitória da Conquista. Acompanhe:

– Fale um pouco de sua trajetória política

Eduardo Moraes: Meu pai era de uma família de pedreiros e mestres de obras, todos responsáveis pelas principais construções da cidade até meados da década de 1990. E por mais que trabalhassem, as dificuldades pareciam intransponíveis, e eu questionava muito o meu pai sobre o porquê de tantas desigualdades. Aos treze anos, em plena ditadura militar, comecei a participar das atividades de conscientização promovidas pelo Padre Luis e a Irmã Tereza, na Catedral de Nossa Senhora das Vitórias, e de lá para cá esta caminhada não parou. Passei pelo movimento estudantil, especialmente no colégio Edivaldo Flores quando fiz o curso técnico em Contabilidade, fui comerciário, ingressei em 1984 no curso de Estudos Sociais da Uesb, mas foi a partir de 1985, quando entrei para as fileiras do Partido Comunista do Brasil, agora já trabalhado no Banco Econômico, foi que passei a atuar no movimento sindical participando junto com outros companheiros e companheiras da organização e direção da maior greve realizada pelos bancários do Brasil, ainda no ano de 1985. Em seguida vieram as greves gerais de 1986. Paralelo às lutas gerais, juntamente com Miguel Felício, João Ferraz, Arnóbio Magalhães e outros, organizamos a oposição à diretoria do Sindicato dos Bancários, no final de 1986, vencemos as eleições e em 1987 assumimos a direção. Esta vitória, além de ser decisiva para fazer do sindicato uma referência nacional como entidade de luta classista, contribuiu com todos os principais momentos da história política e social do nosso município. Dirigi o sindicato por três gestões, fui fundador e dirigente do Fórum Intersindical e Popular Conquistense, acredito, o maior polo de aglutinação de todo o movimento popular da nossa cidade, que foi determinante para apoiar e transformar em vitoriosa a eleição do prefeito Guilherme Menezes em 1996, posteriormente, a quebra do monopólio do transporte coletivo em nosso município, já no governo participativo. Estive também presente na fundação da Associação de Apoio a Saúde Conquistense (Asas), responsável pela contratação dos trabalhadores do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde PACS, sendo o seu segundo presidente. A partir de  1998, começaram as discussões sobre a criação do  Banco do Povo, lá, eu participei da sua direção como secretário por duas gestões e presidente, imprimindo um processo de ampliação, automatização e valorização dos seus trabalhadores. Sou pai de cinco filhos, bancário, graduado em História e pós-graduado em Gestão Pública,  além de dirigente sindical licenciado, sou presidente do Movimento Familiar Cristão (MFC) , presidente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB),  vice-presidente do Esporte Clube Vitória da Conquista (ECPP) e presidente do Conselho Fiscal do Banco do Povo.

– Qual a sua plataforma de campanha?

Eduardo Moraes: Como todo filho de Vitória da Conquista, carrego um exarcebado sentimento de amor por nossa cidade, por isso o nosso mandato não pode deixar de estar permeado em continuar servindo Conquista. Portanto, todas aquelas proposições do mandato ou que sejam apresentadas no legislativo pelo executivo e que sejam para o crescimento da cidade e o bem estar da nossa população, nós estaremos apoiando: educação, juventude, esporte, trabalho, saúde e qualidade de vida – estas serão as nossas principais bandeiras.

– Como o senhor avalia a atual Câmara Municipal?

Eduardo Moraes: A partir de 1997, com as vitórias sucessivas da frente de esquerda no município, o eleitorado elegeu novos vereadores que têm contribuído para moralizar o legislativo municipal. Mas é lamentável termos uma grande parcela dos eleitores que consideram sem importância escolher bem aqueles que vão representar a sua vontade na Câmara Municipal. Votam bem no prefeito, mas continuam elegendo e reelegendo os representantes das forças do atraso, que só querem ver a nossa cidade parada no tempo e assim permanecem ainda iludindo e enganando a consciência do eleitorado conquistense. Nas próximas eleições o eleitor vai eleger para prefeito Guilherme Menezes e para que Vitória da Conquista possa continuar crescendo, eleger uma bancada majoritariamente dos vereadores que estejam ao lado do prefeito e do povo, fiscalizando, mas, acima de tudo, debatendo os grandes temas coletivos de interesse da cidade.

– Durante a sua vida profissional, o senhor afirma que veio trabalhando por Conquista. Quais foram essas ações?

Eduardo Moraes: São cerca de quarenta anos servindo Conquista, na luta pela consolidação das liberdades sindicais e dos diretos dos trabalhadores, artistas, estudantes, reforma agrária, apoio às lutas das mulheres, negros. Como também por uma saúde equânime e de qualidade para todos, através da Associação de Apoio a Saúde Conquistense, a concessão de crédito produtivo e orientado para os excluídos dos grandes bancos através do microcrédito do Banco do Povo, a luta pela geração de empregos, capacitação, organização e transparência das organizações do Terceiro Setor, através da presidência do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Baiano (IDSB), que realizou em 1986 o Primeiro Encontro Estadual do Terceiro Setor, e atualmente na vice-presidência do Esporte Clube Vitória da Conquista (ECPP) e presidente do Movimento Familiar Cristão (MFC) da nossa cidade.

– Como o movimento sindical bancário contribui para a sua formação política?

Eduardo Moraes: O movimento sindical desde os seus primórdios tem sido uma escola de formação política e humana, onde a luta por solidariedade, companheirismo, igualdade de oportunidades, ética e compromisso com quem mais precisa, cola em você como profissão de fé, é como tatuagem. E mesmo tendo cursado Estudos Sociais, História e Ciências Contábeis, tenho orgulho em afirmar que a minha principal escola é o movimento sindical.

– Por que os conquistenses devem votar no candidato?

Eduardo Moraes: Além da obrigação que todo homem deve ter de um caráter irretocável, ao votarem em Eduardo Moraes, para ocupar uma cadeira na futura legislatura na Câmara de Vereadores, tenham a certeza de contar com um vereador combativo, comprometido com as transformações sociais e econômicas que farão de nossa cidade um lugar cada vez melhor de se viver onde todos que aqui residem tenham oportunidades iguais para todos, especialmente para os fracos e oprimidos. Quero levar para a Câmara a inquietude contínua em busca da inovação e toda a experiência bem sucedida na gestão participativa que se consolidou como sucesso, no Sindicato dos Bancários, na Asas, no Banco do Povo, no Fórum Baiano de Microfinanças, no ECPP, no IDSB e agora no MFC.

– Caso seja eleito no dia 7 de outubro, qual o primeiro projeto que iria defender ao entrar na Câmara?

Eduardo Moraes: São vários os projetos que pretendo defender se eleito for, além da nossa luta por emprego, esporte, saúde, educação e transporte público de qualidade, com o crescimento da nossa cidade, pretendo priorizar ações que visam integrar a nossa cidade, afinal, somos todos conquistenses independente de morar no lado leste ou oeste. Lutar junto com as comunidades  para constituir em todos os nossos bairros  espaços de lazer para as famílias que são muito carentes nesse aspecto e os centros de convivência para a terceira idade.

Fonte: O Piquete Bancário

Imagem em anexo: Blog do Eduardo Moraes