PT volta atrás e nome do candidato para sucessão de Wagner pode ser adiado de novo

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Claramente divido entre três pré-candidatos a sucessão do governador Jaques Wagner (PT), o Partido dos Trabalhadores na Bahia pode adiar novamente a decisão do escolhido para a corrida. O objetivo é construir um consenso e reduzir para um nome até o final do mês, mas as posições adotadas pelos petistas seguem na direção contrária. O ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano marcou para o dia 29 o anúncio oficial de qual caminho seguirá em 2014. Internamente, já é dada como certa sua candidatura a deputado federal. Já os outros três nomes da legenda não abrem mão. O senador Walter Pinheiro (PT), o mais discreto dos concorrentes até agora, fará no dia 23 uma plenária com aliados e deve reafirmar o desejo de ser o escolhido. O secretário estadual de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, também não estão dispostos a desistir. Em conversa com o Bahia Notícias, o presidente estadual do PT, Jonas Paulo, assumiu que “não está fácil” chegar a um consenso, o que considera “natural”. Porém, a data previamente marcada para anunciar o nome do candidato petista – 30 de novembro – está em cheque. “Não é problema adiar, dia 30 marcamos para deliberar sobre a questão da candidatura e sobre a sucessão. Não é obrigatório [anunciar o nome]”, defendeu. Em relação aos pré-candidatos, Jonas Paulo chegou a falar em apenas três, mas depois se esquivou e definiu Caetano como “menos ativo”. ptFoto: Reprodução Twitter / Jonas PauloApesar de Jonas Paulo tentar despistar ao declarar que “nunca disse” que o dia 30 de novembro seria a data oficial para anunciar o candidato, em declarações recentes a conversa foi diferente. Inicialmente, o governador chegou a falar em decisão no dia 15 (ver aqui), mas o último dia do mês foi escolhido pelo PT como ideal, calendário usado até pela oposição (ver aqui). Na entrevista ao BN, o presidente do PT baiano tentou negar que tenha falado em “anúncio do nome no dia 30”, mas uma publicação em seu Twitter pessoal (ver acima) prova o contrário, assim como declaração anterior (ver aqui). “Se dia 30 o entendimento não estiver maduro, vamos conversando”, finalizou. A postergação não será “eterna”, segundo o cacique petista, mas o possível adiamento deixa claro que o consenso está longe de virar uma realidade. A disputa interna pode ganhar novidades esta semana, com uma pesquisa encomendada pelo PT nacional, que inclui dados de todos os estados, feita pelo instituto Vox Populli. Além dos percentuais de intenções de voto de cada pré-candidato, o lenvantamento feito na semana passada trará informações sobre cada cenário, candidatos da oposição, expectativas dos eleitores e o perfil ideal do escolhido.
por Sandro Freitas