Reeleito, Marcelo Nilo promete Conselho de Ética


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Deputado Marcelo Nilo (PDT) comemora a vitória após renovar o mandato

Eleito presidente da Assembleia Legislativa da Bahia pela terceira vez, com 61 votos dos 63 deputados, Marcelo Nilo (PDT) prometeu criar na Casa um Conselho de Ética para punir desvios de conduta dos parlamentares. A votação, secreta, só contabilizou dois votos contrários a Nilo.

O presidente afirmou ainda, em seu discurso, que haverá uma reformulação do site do Legislativo baiano (www.al.ba.gov.br) e garantiu a concretização de um canal aberto de televisão para veicular a TV Assembleia.

Apesar de ter enfrentado resistência de parte da bancada de deputados do PT, Nilo conseguiu unificar o apoio dos parlamentares para sagrar-se candidato único e elegeu-se tranquilamente presidente pelo terceiro biênio consecutivo.

A única surpresa na eleição para os outros cargos da Mesa  foi a retirada da candidatura de Yulo Oiticica (PT) à primeira secretaria em favor do também petista J. Carlos. Um dia antes da eleição, a bancada indicou para o cargo o nome de Yulo.

Em seu discurso, Marcelo Nilo elogiou diversas vezes o governador Jaques Wagner (PT) e fez um balanço da legislatura passada. Citou vários projetos aprovados na Casa (Lei de Organização do Judiciário, novo Código do Meio Ambiente, lei vedando nepotismo até o terceiro grau no serviço público), mas deixou de dizer que pouquíssimos foram de autoria dos próprios parlamentares. Dos três citados, somente a vedação do nepotismo teve origem no próprio Legislativo.

Por isso mesmo, uma das suas propostas para esse terceiro mandato é intensificar a votação de projetos de autoria dos  parlamentares. Além disso, Marcelo Nilo se afirmou comprometido com a questão ética. “Considero indispensável a implantação de um Conselho de Ética, instância de análise de eventuais desvios de condutas, que é uma imposição da modernidade e da maturidade de nossas instituições”, afirmou.

Com a sessão desta quarta, a Casa retorna ao seu recesso e retoma os trabalhos no dia 15. Até lá já devem estar definidos os comandos das principais comissões temáticas da Assembleia. A tendência é que a principal delas, a Comissão de Constituição e Justiça, fique sob o comando do PT, mas ainda não há nome definido para o cargo.

Aguirre Peixoto l A TARDE

Fernando Amorim/Agência A TARDE