Saiba quem são os mais procurados pelo FBI após morte de Bin Laden Veja as recompensas que o governo americano oferece pelos dez principais terroristas do mundo

 8686865.procurados_195_260 Após a morte do fundador e líder da rede Al-Qaeda, Osama bin Laden, o FBI (polícia federal americana) atualizou sua lista de terroristas mais procurados. O ranking era encabeçado por Bin Laden – e, agora, a palavra “Falecido” consta no perfil do líder da organização extremista. O egípcio Ayman Al-Zawahiri, tido como o braço-direito de Bin Laden na Al-Qaeda e possível novo líder da organização, poderá se tornar o principal alvo na lista de homens responsabilizados pelos Estados Unidos por atividades terroristas. Conheça os dez mais procurados pelo FBI, listados de acordo com o valor da recompensa oferecido por informações que levem às suas capturas, e pela gravidade das acusações contra eles: Ayman Al-Zawahiri Considerado o “número dois da al-Qaeda” e braço direito de Osama bin Laden, ele já estava na lista nos 22 terroristas mais procurados anunciada pelo governo americano em 2001, e permanece no ranking. Um prêmio de US$ 25 milhões (cerca de R$ 39 milhões) é oferecido por sua captura – mesmo valor que era oferecido por Bin Laden. Para alguns especialistas, o cirurgião oftalmologista egípcio é o mentor ideológico da Al-Qaeda e o “cérebro operacional” dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Ele é formalmente acusado pelos Estados Unidos de participar dos ataques às embaixadas americanas em Dar es Salaam, na Tanzânia, e em Nairóbi, Quênia, em 7 de agosto de 1998. Entre 2003 e 2010, Zawahiri foi um dos porta-vozes mais proeminentes da Al-Qaeda, aparecendo em 40 vídeos da organização. Ele foi visto pela última vez na cidade de Khost, no Afeganistão, em 2001, e se escondeu depois que o governo americano tirou o Taleban do poder. Acredita-se que o médico egípcio esteja escondido nas regiões montanhosas da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. No entanto, há relatos de que sua esposa e filhos foram mortos em um ataque aéreo americano em 2001. Ayman Al-Zawahiri foi condenado à morte – à revelia, sem estar presente no tribunal – por uma corte no Egito. A Justiça egípcia o acusa por atos cometidos pelo grupo Jihad Islâmica Egípcia (EIJ, na sigla em inglês), que ele fundou nos anos 1990. Adnan G. El Shukrijumah Segundo o FBI, Adnan G. El Shukrijumar, que morou nos Estados Unidos por 15 anos, foi um dos líderes do “programa de operações externas” da Al-Qaeda. Ele foi acusado nos Estados Unidos, em julho de 2010, de participação em um plano para atacar alvos americanos e britânicos. Ele é também suspeito de ter participado de planos para ataques da organização no Panamá e na Noruega. Um complô do qual Shukrijumah supostamente participava, para atacar o sistema de metrô de Nova York, foi descoberto em setembro de 2009. O esquema teria sido orquestrado por um líder da Al-Qaeda no Paquistão. Adnan Shukrijumah nasceu na Arábia Saudita, e se mudou para os Estados Unidos quando seu pai, um clérigo muçulmano, passou a trabalhar em uma mesquita no bairro do Brooklyn, em Nova York. depois, eles se mudaram para a Flórida. No final dos anos 90, ele se convenceu de que deveria participar da jihad (guerra santa) e foi para campos de treinamento no Paquistão. O governo americano oferece US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por informações sobre seu paradeiro. Fahd Mohammed Ahmed Al-Quso O iemenita Fahd Al-Quso é acusado pela participação no atentado a bomba contra o navio americano USS Cole, que matou 17 marinheiros em 2000, na cidade portuária de Aden, no Iêmen. Em 2003, ele chegou a ser preso pelas autoridades locais, mas escapou. Foi recapturado meses depois, mas saiu da prisão em 2007, apesar dos protestos do governo americano. O prêmio para sua captura, segundo o FBI, é de US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões). Acredita-se que Al-Quso esteja no Iêmen, mas há relatos de que ele pode ter sido morto em um ataque de aviões militares não-pilotados americanos em setembro de 2010, no norte da região do Waziristão, no Paquistão. Jamel Ahmed Mohammed Ali Al-Badawi Também é procurado pelo ataque do navio americano USS Cole, no Iêmen, em 12 de outubro de 2000. Ele foi capturado pelas autoridades iemenitas em abril de 2003 e em março de 2004, mas escapou ambas as vezes da prisão. O prêmio pela captura do iemenita, que está foragido desde fevereiro de 2006, é de US$ 5 milhões (cerca de R$8 milhões). Abdullah Ahmed Abdullah Egípcio, foi acusado de participação nos atentados a bomba contra as embaixadas americanas de Dar es Salaam, na Tanzânia, e Nairóbi, no Quênia, em 1998. O governo americano oferece uma recompensa de US$ 5 milhões (cerca de R$ 8 milhões) por sua captura ou informações sobre seu paradeiro. Ele foi visto pela última vez saindo de Nairóbi, em avião, com destino à cidade de Karachi, no Paquistão. Mohammed Ali Hamadei, Ali Atwa e Hassan-Iz-Al-Idin Os três homens, nascidos no Líbano, são procurados pela participação no sequestro de um avião comercial da empresa americana TWA, em 14 de junho de 1985. O ataque causou a morte de um mergulhador da marinha americana. Hamadei, Atwa e Iz-Al-Idin são supostos membros do grupo militante xiita libanês Hezbollah, considerado pelos Estados Unidos como uma “organização terrorista”. O governo americano oferece US$ 5 milhões por informações sobre cada um dos homens. Saif Al-Adel Saif Al-Adel é o nome utilizado pelo ex-tenente-coronel do exército egípcio Muhamad Ibrahim Makkawi. Ele viajou para o Afeganistão nos anos 1980 para lutar contra as forças soviéticas, que ocupavam o país, ao lado dos chamados mujahedin (soldados sagrados, em árabe). Em 1987, o Egito o acusou de tentar estabelecer no país um braço militar do grupo extremista islâmico Al-Jihad, e de tentar derrubar o governo. Adel foi o chefe de segurança de Osama bin Laden, e chegou a assumir diversas funções do comandante militar da Al-Qaeda, Mohammed Atef, depois de sua morte em um ataque aéreo americano em 2001. Ele também é suspeito de participação dos ataques a embaixadas americanas no leste da África; de treinar os somalis que mataram 18 funcionários americanos na capital da Somália, Mogadishu, em 1993; e de dar instruções a alguns dos 11 sequestradores que participaram do 11 de setembro de 2011. 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De acordo com informações do FBI, Adel pode ter sido solto e viajado para o norte do Paquistão. O prêmio por informações que levem à sua captura é de US$ 5 milhões. Adam Yahiye Gadahn Adam Gadahn, um cidadão americano que vivia na Califórnia, se destacou como propagandista da Al-Qaeda depois de aparecer em diversos vídeos da organização. Depois de se converter ao islamismo na adolescência, Gadahn se mudou para o Paquistão em 1998 e casou-se com uma refugiada afegã. Lá, tornou-se tradutor da Al-Qaeda e se associou ao comandante militar de campo da organização, Abu Zubaydah. Em 2004, o departamento de Justiça americano nomeou-o como um dos sete membros da Al-Qaeda que planejavam ataques iminentes nos Estados Unidos. Pouco depois, ele apareceu em um vídeo defendendo a organização, em que se identificava como “Azzam, o americano”. Em setembro de 2006, ele apareceu em um vídeo com Ayman al-Zawahiri e pediu aos cidadãos americanos que se convertessem ao islamismo e apoiassem a Al-Qaeda. No mesmo ano, ele se tornou o primeiro cidadão americano a ser acusado de traição desde a Segunda Guerra Mundial. O documento da acusação dizia que ele “aderiu conscientemente a um inimigo dos Estados Unidos…com intenção de trair os Estados Unidos.” O governo americano oferece US$1 milhão (R$ 1,5 milhão) por informações sobre Gadahn ou sua captura, mas analistas dizem que ele não tem significado operacional ou ideológico na Al-Qaeda. Com BBC * Leia mais sobre: * bin laden • * al-qaeda • * terrorismo • * afeganistão • * eua • * fbi • * Compartilhar * Imprimir * Corrigir * Enviar por e-mail * Notícias SMS * Fale conosco Últimas notícias do Último Segundo * Morte de Bin Laden é momento crítico para o mundo árabe * Tornado deixa dois mortos na Nova Zelândia * Paquistão nega que sabia do paradeiro de Bin Laden * Após morte de Bin Laden, EUA fecham escritórios diplomáticos no Paquistão * Marcada por fracassos, perseguição a Bin Laden durou 15 anos