Universitários ajudam a modernizar escolas estaduais

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O que universitários fazem após a aula? Pelo menos para um grupo de estudantes de rede de computadores, a resposta nem sempre tem a ver com diversão ou descanso. Depois da rotina de trabalho durante o dia e aulas noturnas, os alunos da Faculdade Estácio FIB encontram tempo para se dedicar a um projeto que ajuda jovens de escolas públicas a ter acesso a internet como forma de melhorar o aprendizado. Possibilitada pelo programa Educar para Transformar, a iniciativa dos voluntários é mostrada no terceiro vídeo da série especial produzida pela Secretaria de Comunicação Social do Governo da Bahia (Secom) sobre histórias e personagens que estão transformando a sociedade através da educação.

A ideia de instalar a rede de internet sem fio do Colégio Estadual Dois de Julho, em Salvador, surgiu de uma conversa entre dois professores, um da escola e outro da faculdade. Com o Wi-fi, os alunos do colégio vão interagir em salas de aula com conteúdos online, enquanto os professores fazem as explicações no quadro. De quebra, os universitários colocam em prática o que aprendem na faculdade.

A novidade está mudando a dinâmica do aprendizado tanto para os estudantes como para os professores, que já começam a elaborar modos diferentes de ensinar, utilizando a internet como ferramenta facilitadora. Essa é a aposta da professora do colégio, Marcélia Lima. “Quanta coisa eu posso fazer se eu tenho esse acesso em tempo real na minha sala, e eles podem estar conectados com o ‘celularzinho’. Ao invés de eu estar proibindo o celular, vamos usá-lo”, contou. 

Como a internet já é uma ferramenta utilizada pela maioria dos jovens estudantes, eles ainda vão receber treinamento sobre como utilizar melhor o recurso que agora está disponível na escola e, depois, vão ser qualificados para cuidar e manter a rede que foi instalada na escola. “Com base nas oficinas que eles vão fazer com os professores, a gente vai canalizar esse acesso para poder ter uma usabilidade melhor, de buscar novos conhecimentos”, explica o professor da FIB, Bruno Viana.

Alunos como Franklin Santana já estão descobrindo a internet como fonte de conhecimento. “Por exemplo, se a professora passar um dever de História que eu não entendi, na internet eu já posso pesquisar”.

A mobilização prova o que a comunidade pode fazer pela educação e pelo futuro dos jovens. “O que está se buscando fazer aqui na escola é um trabalho para a vida e para que a gente possa ter uma sociedade melhor”, resume a professora Marcélia