‘Viagra’, ‘Passivo’, ‘Avião’: Políticos ganhavam apelidos em planilhas da Odebrecht

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Fotos: Felipe Ribeiro/ Agência Brasil/ Agência Câmara
Os documentos da Odebrecht apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Acarajé (23ª fase da Operação Lava Jato), divulgados nesta terça-feira (22), citam também os codinomes pelos quais alguns dos mais de 200 políticos citados nas planilhas como beneficiários de valores — ainda não é possível confirmar se são doações legais de campanha ou recursos de caixa 2. Os apelidos estão relacionados diretamente ao nome da pessoa envolvida. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é conhecido como Carangueijo (sic), enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é apelidado de Atleta. O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), é identificado como Proximus; e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), como “nervosinho”. O chefe do Gabinete Pessoal da Presidência , Jaques Wagner, tem codinome “Passivo”; o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo (PDT), é o “Rio” – outras referências menos cifradas também são a do deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA), o “Comuna”; e do senador José Sarney (PMDB), o “Escritor”.
Os vereadores de Salvador Edvaldo Brito e Paulo Magalhães são, respectivamente, “Candomblé” e “Goleiro”. Mário Kertész é citado como “Roberval”. A deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB) é conhecida como “avião”. O deputado federal Arthur Maia (SD-BA) tem como apelido “Tuca” e o senador Romero Jucá, “Cacique”. Filho do deputado federal Jarbas Vasconcelos, Jarbas Vasconcelos Filho (PMDB) foi denominado como “Viagra”. Deputado estadual e secretário no Rio Grande do Sul, Fábio Branco é apelidado como “colorido”. Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, é o “Grego” e o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) é o “Bruto”.

por Luana Ribeiro