Após eleições, aliados de Wagner minimizam interesse por cargos, mas estão ‘à disposição’

Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias

Apesar de terem saído fortalecidos das urnas, os principais partidos da base do governo de Jaques Wagner não têm grandes ambições de ampliar sua participação na máquina estatal. Pelo menos pretensões dessa natureza passam longe das declarações de quatro lideranças de siglas que integram o bloco governista. O vice-governador Otto Alencar, presidente do PSD na Bahia, já lembrou que a legenda é hoje a segunda maior do estado, com 72 prefeitos eleitos, detém a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa e tem “bons quadros” à disposição do governador. Em ambos os casos o PSD perde apenas para o PT. O presidente estadual do PDT, Alexandre Brust é cauteloso ao falar sobre o assunto, mas admite que é “evidente que nossos companheiros anseiam por mais espaço”. Segundo ele, o PDT foi o partido da base que mais cresceu, ao lembrar que em 2008 a legenda elegeu oito prefeitos e este número saltou para 43 em 2012. “Eventualmente 44 prefeitos, se confirmarmos Pojuca”, emenda o pedetista. Reticente, Brust não quis falar sobre expectativas em torno de cargos ou pastas específicas e negou que o governador tenha acenado com a possibilidade de ampliar a participação deste ou daquele partido na administração. Atualmente, o PDT ocupa as Secretarias de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), além da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM). por Bárbara Souza