Black Friday: especialista orienta como agir em casos de golpes com Pix

 

De acordo com levantamento, Pix é estratégia promocional de 62% dos lojistas durante a Black Friday 2023

 

Uma das datas mais aguardadas pelos consumidores no final do ano é a Black Friday. O dia dedicado às superofertas leva muitos brasileiros às lojas online e físicas para garantir um produto ou serviço desejado. No entanto, para não cair em golpes, é preciso estar atento a links suspeitos, aos preços praticados pelo mercado e aos direitos estabelecidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

De acordo com pesquisa realizada pela StoneCo., em parceria com o E-Commerce Brasil, Equals e Nuvemshop, o Pix é o principal meio de pagamento no e-commerce na Black Friday 2023, disponibilizado por 88,3% dos e-commerces. Ainda segundo o levantamento, 62% dos lojistas oferecem preços ainda mais atrativos para os pedidos feitos com opção de pagamento via Pix.

“As práticas de falsos boletos e golpes do Pix têm se intensificado, sobretudo no período de Black Friday. Desse modo, é essencial que o consumidor esteja preparado para identificá-las, adotando algumas medidas como: não clicar em links suspeitos, verificar a procedência dos sites e comparar as promoções, devendo manter-se vigilante e cético em relação a promoções que pareçam demasiadamente vantajosas”, orienta Viviane Lisboa, advogada e professora do curso de Direito da UniFG, instituição integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.

Além de verificar o endereço do site ao iniciar as compras, a especialista orienta que o consumidor confira as informações de contato da loja ou vendedor e leia as avaliações de outros clientes ou sites de avaliações de compras, a exemplo do Reclame Aqui.

“Na tentativa de golpe, muitos sites utilizam-se de links semelhantes, portanto, é também aconselhável garantir que o domínio da página pertença à loja e seja seguro. Desconfie de links encurtados ou que redirecionem para outras páginas. Além disso, evite abrir anexos de e-mails de remetentes desconhecidos e jamais efetue pagamentos antecipados”, indica a professora Viviane, que também é mediadora no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Guanambi.

Outro ponto importante é a manutenção dos antivírus e sistemas operacionais atualizados dos computadores e smartphones. Essas medidas auxiliam na identificação da confiabilidade de sites e aplicativos de compras. “E, por fim, é importante lembrar que os especialistas recomendam, durante esse período de compras, a criação de um cartão virtual”, completa a advogada.

Como agir ao perceber que foi vítima de um golpe do Pix?

A professora Viviane Lisboa explica o passo a passo de como o consumidor deve agir em caso de cair em um golpe envolvendo pagamentos via Pix. Confira:

  1. Após descobrir o golpe, procure a instituição financeira de onde o Pix saiu de forma imediata e peça o bloqueio do dinheiro na conta de destino;
  2. Solicite a realização de um procedimento chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), e, se for o caso, o bloqueio cautelar do valor. Esses mecanismos foram criados pelo Banco Central e podem ser utilizados em diversas situações;
  3. Documente as informações do golpe com imagens, prints, gravações e demais provas e registre reclamações nos canais digitais da instituição financeira que foi feito o Pix;

Registre um Boletim de Ocorrência via internet ou presencial, de forma rápida e segura, incluindo no BO toda a documentação salva, bem como o protocolo do MED junto à instituição financeira. É por meio desse registro que a Polícia conduzirá a investigação do seu caso;

                                                           Atendimentos gratuitos no Núcleo de Práticas Jurídicas da UniFG

O Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da UniFG oferece orientações jurídicas gratuitas à comunidade. Os atendimentos são realizados por acadêmicos do curso de Direito, que exercem de forma prática seu aprendizado, sempre acompanhados e supervisionados por advogados especialistas.

Além disso, há a possibilidade de resolução consensual da demanda através de acordo celebrado entre as partes no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC), conduzido por mediadora credenciada ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. O acordo é posteriormente homologado pelo juiz.

Os dois órgãos ficam localizados no Centro Integrado de Saúde e Serviços (CISS) da UniFG, em Guanambi, no endereço Rua Vasco da Gama, nº 317, Centro. Para ter acesso aos atendimentos, basta realizar agendamento por meio do Whatsapp (77) 99854-1552 ou mesmo presencialmente. conteúdo setor comunicação UFG