Carta Aberta — Uma abordagem crítica da nossa realidade. E ainda a palavra do Secretário de Educação de Vitória da Conquista

Em sendo equívoco
ou não, o assunto  procede e o Secretário
de Educação de Vitória da Conquista já sabia da realidade, tanto é,  que em entrevista nos meios de comunicação da
Cidade ele fez referencias,  por diversas
vezes  da necessidade da constante
melhorias principalmente no quisto da formação dos alunos das séries primárias,
e que precisava dos esforços dos professores, da comunidade acadêmica,  dos pais, etc E que o governo estava cumprindo
sua parte melhorando todos os setores para respaldar estas condições, com
melhores salários para os professores, secretários e assistentes, com escolas
com melhores estruturas e merenda de qualidade. E  é verdade, mas não deixa de ser verdade, que o
conjunto do sistema educacional de Vitória da Conquista precisa urgentemente de
uma reciclagem e melhorias principalmente no quisto pedagógico e de  ensino praticado pelo nossos professores. Que
em sua maioria não estão comprometidos com a missão de ensinar/educar. Esta é
uma observação em referencia as escolas primárias do Município de Vitória da
Conquista, com ressalva de poucas unidades de ensino gerenciadas pelo eminente
Secretário.

Em sendo equívico ou não, o assunto é fato, sim, e precisa ser debatido e levado para o seio  da comunidade os acontecimentos, é sabido do envolvimento e investimento do Governo neste setores, mas, pricisamos de muito mais.

Gildásio Amorim Fernandes

Carta Aberta – Equívocos
da revista VEJA sobre a Educação Básica em Vitória da Conquista

            A reportagem recente da Revista Veja – edição 2241/2011, causou estranheza  a todos que trabalham
com responsabilidade e compromisso na Educação Básica em Vitória da Conquista,
ao apresentar o resultado de uma avaliação feita há dois anos e meio atrás como
se fosse atual.

Inicialmente, compara a média geral do IDBE do município
de Marília – SP, que foi 6,4  e destaca o
menor índice de uma escola, a Dom Climério de Almeida Andrade, em Vitória da
Conquista, 0.7,  não informando que,
inclusive, o tempo de duração da prova, que deveria ser de 4 horas, foi
reduzido para,  apenas, duas horas. Na
Escola Municipal Cláudio Manuel da Costa, observou-se outra gritante
irregularidade: as provas que deviam ser aplicadas para os alunos do nono ano
do ensino fundamental foram para os alunos do 5º ano, fatos estes apurados por
esta Secretaria de Educação e pelo Conselho Municipal de Educação, tendo sido
encaminhado relatório para a DIREC/20 e para o MEC.

A revista não relata as várias escolas do município que
obtiveram notas do ideb de 5.1, a exemplo da Escola Municipal Tia Zefa; a
Escola Municipal Irmã Barbosa, com pontuação de 4.0; a Eurípedes Peri Rosa –
Bate-Pé, com 3.8; a Euclides da Cunha – São Sebastião, com nota de 3.6, entre
outras.

A reportagem
rotula Vitória da Conquista como “a
pior em educação”
, destacando que algumas “crianças ingressam no 1° ano do ensino fundamental sem reconhecer  o nome das cores”. Que absurdo!. As
crianças aprendem a identificar as cores pelos nomes em casa, com a família;
nas escolas, elas  associam as letras
iniciais com as cores, escrevem os nomes de forma sistematizada, e isso é um
processo gradual. Nisto, confiamos no quadro qualificado de professores deste Município.

A infeliz matéria de dona Júlia Medeiros deixa entender
que todas as salas de aula das escolas possuem cobertura de zinco. Para se
constatar a falta de veracidade da matéria veiculada na VEJA, basta visitar as
147 escolas  reformadas e ampliadas,
entre 2009 e a presente data, em um universo de
203 unidades de ensino existentes. E o programa em andamento do governo
municipal é completar a reforma de todas as 203 escolas da rede.

Na reportagem, é apresentada a imagem de uma sala de
aula, onde aparece uma carteira vazia, totalmente deslocada, no fundo da sala,
com braço estragado, denotando claramente que foi ali colocada somente para
sair  na foto.

A citada matéria afirma que na Educação Básica, em
Vitória da Conquista, “o cenário é
de guerra”
. Para nós, cenário de guerra significa número insuficiente
de escolas, falta de vagas para os alunos, falta de transporte para alunos  e professores, merenda escolar precária,
infra estrutura ruim, salários atrasados, mobiliário escolar insuficiente e inadequado,
desvio de recursos, falta de formação pedagógica dos professores, e nada disso
está acontecendo em nosso município.

A revista Veja desconhece que até 1996 mais de 10 (dez)
mil crianças não frequentavam as escolas da rede Municipal por falta de vagas e
que, na zona rural, só existiam três ginásios, nos distritos rurais de Iguá,
José Gonçalves e Bate-Pé. Não informa que os salários dos professores ficavam
atrasados mais de cinco meses e que greve naquela época não era por aumento
salarial e sim para receber pelo menos o salário do mês. Não informa que não
havia transporte escolar para os professores, que dependiam de carona, nem para
os alunos. A merenda escolar era insuficiente. Desse modo, percebe-se que dona
Júlia de Medeiros da revista VEJA não demonstra interesse em apresentar aos
leitores uma análise verdadeira, sem ser tendenciosa, da realidade educacional
brasileira.

 

O
QUE A VEJA NÃO MOSTROU.

Hoje, na rede municipal de
ensino, só não estuda quem não quer, pois não falta vaga para nenhum aluno que
procura nossas escolas. A unidade escolar que não tiver capacidade física de
atendê-lo, este é transportado para unidade mais próximo da sua casa. Para
tanto o governo municipal acompanha todo o processo de matrícula para planejar,
inclusive, a ampliação da infra-estrutura da rede, a exemplo do que ocorreu nos
distritos rurais de Inhobim, Bate-Pé e Veredinha, além unidades urbanas de
Urbis VI, Cláudio Manuel da Costa, Mãe Vitória de Petu, Ita Davi de Castro e
tantas outras.

Vale registrar também que,
na zona rural, o número de ginásios (escolas com ensino fundamental em 9 anos)
saltou de 03 para 14, e o décimo quinto, já está em fase de execução.

No que se refere a
transporte escolar, há 100% de cobertura para alunos e professores nos 284
povoados e sedes dos onze distritos rurais. Para situar melhor o leitor nessa
área,  o PNAT – Programa Nacional de
Transporte Escolar – repassa pouco mais de 780 mil reais, por ano, enquanto o
governo municipal investe mais de 3.8 milhões de reais, anuais, dos recursos
próprios, para garantir a todos o direito de acesso à escola.

Cursos de
capacitação para os professores da rede municipal têm sido freqüentes. Vale
lembrar que em apenas dois anos e meio 1658 professores da rede municipal
frequentaram cursos de formação, distribuídos da seguinte forma: 320
professores nos cursos de Progestão e Proinfantil; 188 no curso Gestar; 270,
em  Educação Inclusiva; 129, em
Coordenação; 45, em Libras (Língua Brasileira de sinais pessoa com surdez) e
Direitos Humanos; 196, participaram do curso O Que Se Aprende Com O Cinema e
Leituração.

A Secretaria
Municipal de Educação oferece, também, incentivos por formação. Assim, 1263
professores receberam esses incentivos, sendo 411 para mudança de nível, 613
para titulação e 239 para pós-graduação.

Garantia desde de 2009 do
piso nacional para os professores. Vale ressaltar que nos últimos 2 anos e
meio, os salários aumentaram  entre  30,04 % a 43.54.%, enquanto a inflação medida
no período foi de 16.12%, segundo o IPCA.

Novo plano de carreira,
garante diversos avanços como: licença remunerada para o mestrado; criação do
incentivo de mestrado com percentual inicial de 10% e, em quatro anos, chegando
a 20%; criação do incentivo de 10% para professores que têm, em sua turma,
alunos com necessidades educacionais especiais; incentivo de  10% para todos os professores que atuam na
educação infantil; criação do interstício de 2,5%, aumentando para 4%, em
quatro anos, e recentemente foi anunciado pelo governo municipal o cartão
alimentação para os professores e demais servidores do município, entre
outros.

Instalação de 85 máquinas de
xerox com capacidade de 50 mil e 150 mil cópias por mês para as escolas
municipais e creches, dando fim a era do mimeógrafo.

Compra de 15 novos veículos,
entre os quais, 07 ônibus para melhorar o transporte de alunos e professores.

Garantia da merenda escolar
com distribuição para todas as unidades de ensino, com cardápio definido e
acompanhado por nutricionistas.

Instalação de 10 salas de
Recursos Multifuncionais nas Escolas, devidamente equipadas, com profissionais
para atender as crianças com necessidades educacionais especiais, a exemplo das
escolas municipais: Padre Aguiar e Iza Medeiros no bairro Patagônia, Zélia
Saldanha em Simão, José Rodrigues do Prado no distrito do Pradoso.

Contratação de 29
profissionais, cuidadores, para acompanhar individualmente as crianças com
múltiplas deficiências. Vitória da Conquista é uma das poucas cidades do Brasil
e da Bahia que oferece esse atendimento.

Revitalização e reativação
de 36 salas de leituras na rede escolar.

Implantação dos projetos
SOMA, que busca superar as dificuldades apresentadas pelos alunos no decorrer
da vida escolar. São, atualmente, mais de 2000 atendidos. RODA DE
ALFABETIZAÇÃO, projeto de intervenção que atende a alunos que apresentam dificuldade
de aprendizado em leitura e escrita. Já são 10.725 atendidos. Projeto ESCOLA
MAIS que atende a mais de 19 mil alunos, com o objetivo de diversificar o
currículo com atividades culturais, como a música, a dança, o teatro, a
capoeira, o xadrez. Implantação do projeto Mais Educação em 26 escolas da rede
com atividade em turno oposto ao horário escolar e o PROFAES (Programa de
Integração entre Família e Escola) que é mais um mecanismo de participação
efetiva dos pais na escola e na vida do filho, atende hoje 21 escolas da zona
urbana e rural com a participação de mais de 500 pais.

Implantação da resolução
018/2009 que regularizou toda a educação infantil no município, inclusive
melhorando a infra-estrutura e a oferta de material pedagógico.

Revitalização das escolas de
áreas quilombolas. São 22 no município.

Construção de 27 cisternas
de placas com capacidade para 52 mil litros, para armazenar água, além de 16
poços artesianos nas escolas da área do semi-árido do município.

147 escolas que passaram por
reformas, ampliações e construções, desde 2009, das 203 unidades municipais.
Para exemplificar, citamos as unidades escolares Anisio Texeira, Maria
Santana,  Barreiro do Rio Pardo, Maria Rogaciana,
Ita Davi e Pericles Gusmão, Gildásio Castro, Maria Leal, Edvanda Teixeira, além
das Creches  Jardim Valéria, Zilda Arns,
entre outras.

Estão em fase de licitação,
para construção, 17 novas creches, a instalação de 158 salas de informática,
implantação da rede de internet em todas as escolas.

Encontram-se também em
reforma 35 escolas, das quais, 12 já estão prontas para ser entregues as suas
comunidades.

Todo esse esforço está sendo
feito, continuadamente, para melhorar a qualidade da educação na rede municipal
de ensino de Vitória da Conquista como fruto da decisão política de um governo
sério e comprometido com os reais anseios de toda população e,em particular,
dos profissionais  da educação do nosso
Município.

Coriolano Ferreira de Moraes Neto

Secretário Municipal de Educação