Conab e Prefeitura de Conquista parceiras na distribuição e venda de milho, atraves do Programa Venda de Balcão do Governo Federal

mailPrefeitura até o momento tem garantido execução do Programa de Vendas em Balcão em Vitória da Conquista

Do alto dos seus 77 anos e com muitas histórias para contar de uma vida marcada pela lida na roça, o agricultor José Sebastião, que reside no povoado de Lagoa Funda – zona rural de Vitória da Conquista – afirma jamais ter visto uma estiagem como esta, que tem atingido a Bahia nos últimos anos. “Não é fácil. Nunca vi uma seca assim. Eu pensei: meu Deus, será que vai acabar tudo?”, disse o agricultor sobre esta que é considerada a mais severa estiagem dos últimos 30 anos.

Mas, para o alívio de seu José e de mais agricultores da zona rural conquistense – uma das mais extensas do estado e do Nordeste do Brasil com 11 distritos rurais e 284 povoados –, a Prefeitura tem garantido em Vitória da Conquista a execução do Programa de Vendas em Balcão. Desenvolvida pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a iniciativa viabiliza ao agricultor, por meio da venda direta dos estoques públicos, o acesso ao milho, para alimentação animal.

Com isso, em aproximadamente um ano de implantação do programa, foram vendidas cerca de 2.500 toneladas de milho, totalizando 41 mil sacas vendidas a preços que variam entre R$ 18,12 e R$ 21,00 (valores abaixo dos praticados pelo mercado, que atingiu o pico de R$ 50,00 a saca e hoje está em torno de R$ 35,00 e R$ 40,00). Além disso, foram cadastrados 784 agricultores, sendo atendidos uma média de 275 por mês, o que equivale a 230 toneladas/mês. A grandiosidade dos números impressionou e fez com que Vitória da Conquista alcançasse, segundo a Conab, o posto de cidade que mais vendeu milho na Bahia, graças ao trabalho desempenhado pelos servidores da Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Semagri).

E para fazer com que o milho continue chegando ao agricultor conquistense durante a fase de transição do programa para o Governo do Estado, a Prefeitura Municipal, por meio da Semagri, não poupou esforços e, mais uma vez, demonstrou o compromisso que tem com a zona rural. Desde junho, a Administração Municipal alugou um galpão da Cooperativa Mista Agropecuária dos Pequenos Agricultores do Sudoeste da Bahia (Coopasub) para a estocagem do produto destinado a Vitória da Conquista.

Além disso, o Governo Municipal reuniu nessa fase caminhões-caçamba de diversas secretarias, para buscar em Jequié a carga disponibilizada pela Conab, mais de 300 toneladas, para atender ao município.

“Só foi possível a vinda do milho, devido à intervenção do Governo Municipal. Nessa fase de transição, a participação do Município foi fundamental. A Prefeitura manteve o compromisso de ir buscar o milho para que ele não faltasse para os agricultores”, reiterou o secretário municipal de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Odir Freire.

Satisfação garantida – Os agricultores comemoram o fato de poder comprar no município o milho a preço subsidiado e de as sacas estarem sendo armazenadas no galpão alugado pela Prefeitura. “Se não fosse o galpão aqui, ficaria muito difícil porque a gente teria de sair para comprar o milho fora. Estando aqui, adianta muito. É ótimo”, disse satisfeito o agricultor Parmênio Ribeiro, de 57 anos, morador do povoado do Corta Lote, que utiliza o milho para alimentar as criações de galinha e porco.

Para o lavrador Silvan Santos, que mora no Corta Lote e foi buscar as 19 sacas compradas pelo pai para auxiliar na manutenção do rebanho e da criação de galinhas, o milho é de grande valia. “O capim está acabando ou já acabou, aí o milho ajuda muito na ração, e o gado fica mais forte”.

Polo de venda – Em janeiro deste ano, o prefeito Guilherme Menezes, em mais um gesto de atenção às dificuldades impostas pela estiagem à população rural, solicitou da Superintendência da Conab a inclusão do município de Vitória da Conquista no Plano Nacional de Armazenagem. O objetivo do pedido é fazer com que o município seja contemplado com uma unidade física dessa Companhia, tornando-se polo de venda permanente