Meia volta, Vou ver !

A greve da Polícia Militar da Bahia, em seu inicio começou de forma acanhada e sem muita importância, e na proporção dos acontecimentos ela foi se agigantando e criando no seio social, um clima de histeria, temeridade e caos, a ponto de muitas cidades da Bahia e, inclusive a Capital,  inviabilizar  e paralisar, o transporte coletivo, o funcionamento de escolas públicas e da iniciativa privada, o comercio,  os bancos, indústria, etc, e inúmeros outros serviços de interesse coletivo, por conta desse evento. A população fragilizada diante aos  acontecimentos se sentia horrorizada e paralisada, diante da sensação de insegurança, que a todo instantes tomava conhecimento, seja através das redes sociais, das mídias de forma geral, (arrastões, assaltos, homicídios, roubos, etc) e, atê de boatos produzidos carregados de invencionice e falta de verdade.

As intermináveis negociações,  a radicalização dos grevista rebelados, a prudência do Governo em tomar uma atitude precipitada, as articulações politicas arquitetadas; oposição, situação, enfim, nem ação e nem reação,  dias após dias, em que  dezenas de soldados amotinados permaneciam na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, entrincheirados pelas forças do Exercito. Os grevistas com seus pleitos e exigências e o povo, nas expectativas de um desfecho dos acontecimentos.  Para que suas vidas voltassem  a normalidade.

O deputado federal Emiliano José publicou no dia 06, um texto sobre a Polícia Militar da Bahia, nos principais sites da Bahia. Artigo que diz: “O governo da Bahia precisa […] desarmar a bomba que é a Polícia Militar da Bahia. Uma tese acadêmica do professor George Okohama mostrou o espírito autoritário da Polícia, ao analisar a greve da PM em 1981. […] E a violência, pode-se dizer, vem sendo o método de trabalho da PM baiana, entranhada na corporação pela ideologia do carlismo. […] ACM incutiu na PM a ideologia da violência. Agora, este espírito maligno se volta contra o povo da Bahia.”
O eminente deputado Emiliano, aproveitando o ensejo dos acontecimentos, portanto, para justificar, as intermináveis negociações, sem sucesso, tentou reverter o quadro a favor de seu grupo político,  dizendo que era herança de governos anteriores.

Mesmo que a Instituição esteja amparada pelo ordenamento jurídico do Estado Democrático de Direito, a paralisação dos policias vai deixa marcas profundas na sociedade e que, só o tempo dirá quais os caminhos e as competências que os gestores devem tomar para resolver eventos dessa natureza.

`A  luz da Constituição Federal – ordena em seu “CAPÍTULO III – DA SEGURANÇA PÚBLICA

 

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

 

V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.

 

§ 5º – às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.”

 

E diante desses princípios e das argumentações de Ministros do Supremo Tribunal Federal, de que militares não podem fazer greve por conta de ser uma atividade essencial à sociedade,  e que se espera, de que os mesmos voltem a suas atividades. E traga de vez, a paz e a tranquilidade do povo baiano.

Desse modo, toda a sociedade espera que o contingentes  da polícia militar da Bahia e Corpo de Bombeiro PM, com as conquista asseguradas pelo governo, dê meia volta, e avance no sentido de dá a sociedade a segurança que ela merece, afinal – é a população que paga os seus salários.

Comendador: Gildásio Amorim Fernandes