MP-BA já havia alertado sobre riscos na travessia das lanchas

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Ministério Público da Bahia (MP-BA) vai acompanhar as investigações sobre o acidente da lancha Cavalo Marinho 1

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) disse, em nota na tarde desta quinta-feira, 24, que o órgão alerta há mais de dez anos sobre a “precariedade” do serviço de transporte hidroviário realizado pelas embarcações na travessia entre Salvador e a Ilha de Itaparica. Na manhã desta quinta-feira, uma embarcação naufragou, próximo à Ilha de Itaparica, na localidade de Mar Grande. O acidente deixou ao menos 18 mortos. Segundo a Marinha, 123 passageiros estavam na embarcação. Segundo a nota do MP, a promotora de Justiça do Consumidor, Joseane Suzart, propôs ações civis públicas nos anos de 2007 e 2014 sobre o assunto. “Na primeira ação, o Ministério Público alertou sobre inúmeras irregularidades no transporte de passageiros pelas embarcações, que colocavam em risco, diariamente, a segurança de centenas de pessoas”, diz o órgão. Em 2014, em uma nova ação civil pública, a promotora pediu a reforma dos terminais e das embarcações, a renovação dos coletes salva-vidas e outras medidas que assegurassem a saúde e segurança dos usuários, segundo a nota. “As ações propostas pelo Ministério Público ainda aguardam decisão judicial”, diz o Ministério Público, que também informou que um promotor de Justiça será designado para acompanhar de perto a apuração dos fatos que motivaram o acidente na manhã desta quinta-feira. O MP-BA ainda manifestou solidariedade com os familiares das vítimas.

Estadão Conteúdo