Na TV Aratu, ACM Neto comenta escalada da violência e diz que vai combater o crime organizado

Candidato ainda afirmou que, se for eleito, vai coordenar ações entre diversas instituições relacionadas à área da segurança pública

O candidato ACM Neto (União Brasil) afirmou que, se for eleito governador, vai convocar todas as instituições públicas para coordenar ações de combate ao crime organizado e reduzir os índices de violência na Bahia. Durante sabatina realizada pela TV Aratu nesta quinta-feira (13) no lugar do debate, que não aconteceu devido à ausência de Jerônimo Rodrigues (PT), Neto criticou o grupo petista que governa o estado há 16 anos e que sempre transfere a responsabilidade no tema da segurança pública.

Enquanto isso, o estado lidera o ranking de homicídios do país e tem mais que o dobro de mortes violentas do que estados mais populosos, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Neto destacou que é papel do governador reunir prefeituras, Ministério Público, Poder Judiciário e Defensoria num esforço contra a violência. No entanto, essa iniciativa não ocorre no governo liderado pelo PT.

“Se eu tiver a oportunidade de ser governador, vou chamar para mim a responsabilidade. A grande novidade será o envolvimento do governador. É papel do governador coordenar uma grande ação, colocando na mesma mesa o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria, porque não adianta a polícia prender e a Justiça logo depois soltar. O governador deve coordenar isso, ele deve ter o mapa estadual da violência nas mãos”, disse.

O candidato lembrou que nesta semana foram divulgados os dados do DataSus, e a Bahia aparece pelo quarto ano consecutivo em primeiro lugar no número de homicídios do Brasil, com quase o dobro de Pernambuco, segundo colocado. O país registrou a maior queda no número de homicídios dos últimos 30 anos, mas a Bahia foi na contramão dessa tendência.

“O que a gente não pode é achar normal o que está acontecendo. Às vezes, as pessoas, de tanto acompanhar os episódios de violência, começam a acreditar que aquilo é assim mesmo, que faz parte da vida. Mas não é. Não vamos perder a nossa capacidade de indignação, por favor. Porque não estamos falando de número, não estamos falando de um índice, não estamos falando nem mesmo de eleições. Nós estamos falando da vida das pessoas”, comentou.

Ele lembrou também que é dever do governador dialogar com o presidente eleito pelos brasileiros. “Passou a eleição, governador e presidente têm que sentar juntos, esquecer a disputa, desarmar o palanque. Eu garanto: aquele presidente que for escolhido pelos brasileiros terá em mim um governador do diálogo, que vai saber procurar o Governo Federal para trabalharmos em conjunto contra um problema como o da violência”, disse.

“Tenham certeza que não vou ser um governador que vai transferir ao outro aquilo que é dever do governador. Porque quem vai estar aqui comandado a Polícia Militar e a Polícia Civil, cuidando dos presídios, não será o presidente. Ele vai ter que olhar para o Brasil todo. Quem vai estar aqui é o governador. E eu estarei aqui para fazer isso, pela Bahia e pelos baianos”, completou.

Neto destacou que, nos últimos 16 anos, enquanto outros estados conseguiram reduzir os índices de violência, a Bahia viu o seu governador procurar culpados e desculpas, tratando a segurança como um problema nacional. O candidato afirmou que também é papel do governador convocar para este esforço as prefeituras de todo o estado.

“Precisamos trabalhar compartilhando informações com a Guarda Municipal das cidades. As prefeituras têm um trabalho de ação social, de prevenção, que é importantíssimo. Em Salvador, fizemos um programa que é reconhecido pela população, o Iluminando Nosso Bairro. Hoje, a cidade está 100% iluminada em LED. A gente precisa levar essa iluminação para o interior, para a zona rural”, disse.