Prefeitura divulga nota de esclarecimento sobre mortalidade infantil em Conquista

A nota é uma justificativa aos dados apresentados pela Veja em que Vitória da Conquista registra um dos mais altos índices de mortalidae infantil do país. Leia na íntegra. O Brasil nos últimos dez anos tem apresentado uma queda na mortalidade infantil. Tal tendência de declínio também tem sido observada em nosso município. Em 1996 a cada mil crianças nascidas vivas em Vitória da Conquista, 30 morriam antes de completar um ano de vida.Essa taxa refletia o baixo investimento ao longo dos anos em saúde, pois, naquela época, o município contava com apenas 05 unidades básicas tradicionais e uma equipe composta por 25 auxiliares de enfermagem, 6 enfermeiros, 4 dentistas e 8 médicos. Para reverter esta situação em 1997 o Governo Municipal decidiu por investir imediatamente na atenção básica, tendo o Programa de Saúde da Família como principal modelo a ser implantado em todo município. O Programa Saúde da Família (PSF) é o portal de entrada para toda a rede implantada pelo município e promove a assistência básica à saúde da população. A segunda ação foi a retomada da administração do Hospital Municipal Esaú Matos, no ano de 2001, onde depois de reformado e ampliado, foi inaugurada, em 2002 a UTI Neonatal, tornando-se uma em referencia no atendimento de crianças prematuras e mulheres com gravidez de alto risco do município e região. A implantação da UTI Neonatal no Esaú Matos representou uma ação eficaz no combate à mortalidade perinatal, que atinge crianças com até sete dias de vida e corresponde a 50% dos casos de mortalidade infantil. * As informações mostradas na tabela acima são do Data SUS (fonte: SIM/SINASC 2010) Entendendo a redução da mortalidade infantil como prioridade na agenda do governo municipal varias ações e serviços foram implantados, demonstrando o empenho, dedicação e perseverança da gestão ao longo destes 12 anos, na implementação da Política Integral de Atenção a Criança. Dentre essas ações podemos destacar: Ampliação do Programa de Saúde da Família – Inicialmente com 05 equipes de saúde família, hoje o PSF conta com uma rede composta por 38 equipes de saúde da família, distribuídas em 32 Unidades de Saúde da Família, sendo 15 delas na zona rural o que garante 100% de cobertura para a população de 11 distritos e 284 povoados. As equipes fazem um acompanhamento periódico e estão sempre perto da comunidade. A partir do trabalho desenvolvido pelas equipes de saúde da família, foi possível difundir informações sobre como cuidar da saúde, desde a gestação até o crescimento e desenvolvimento da criança, sobre a saúde da mulher, o aleitamento materno, as vacinas necessárias e as patologias da infância. No PSF de Vitória da Conquista em 2010, 94,29% das mulheres realizaram consulta de pré-natal; 95,80% dos recém nascidos foram pesados ao nascer e 93,72 % das crianças com até 01 ano de idade estavam com a vacina em dia. (Fonte:SIAB). Implantação do NASF – Para fortalecer a estratégia de Saúde da Família foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Atualmente são quatro núcleos, formados pelas seguintes categorias profissionais: educador físico, psicólogo, farmacêutico, nutricionista e fisioterapeuta. Cada núcleo é responsável pela área de abrangência de 8 a 10 equipes de Saúde da Família. As ações envolvem atendimento individual, atividades em grupos prioritários, articulação de parcerias junto à equipe de Saúde da Família, capacitação dos profissionais das equipes, ações educativas e incentivo a criação de espaços de inclusão social. Hospital Municipal Esaú Matos- dispõe de sofisticados equipamentos e de uma equipe de profissionais de saúde, com capacitação específica, composta por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, farmacêutico, nutricionista, fisioterapeuta, psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. A posição de Hospital Materno-infantil e de “Hospital Amigo da Criança” é um reconhecimento do Ministério da Saúde à qualidade dos profissionais e dos serviços ofertados. O Esaú Matos conquistou três residências médicas, sendo, portanto, referência para médicos que ingressarão no mercado de trabalho. Há a Residência Médica em Obstetrícia e Ginecologia, a Residência Médica em Pediatria e a mais recente, a Residência Médica em Anestesiologia. Este ano, a equipe do Esaú demonstrou seu potencial máximo de atendimento saindo da média de 220 para 400 partos mensais. Também houve um incremento substancial na oferta de leite colhido e armazenado no Banco de Leite Humano, saindo de 20 para 70 litros de leite ofertado, por mês – serviço fundamental para a garantia do leite materno a bebês até 06 meses de vida, hospitalizados. Atualmente, o Hospital Esaú Matos e a rede especializada do município são referência para 73 municípios da Região Sudoeste, 19 municípios de outras regiões da Bahia (extremo-sul, sul, oeste da Bahia) e, ainda, 12 do norte de Minas Gerais que utilizam os serviços sem pactuação. A coordenação de auditoria, neste ano identificou na cidade 32 casas de apoio de moradores de cidades vizinhas, que utilizam do endereço do município para serem atendidos também na rede básica, já que pela pactuação eles só têm direito a atendimento em média e alta complexidade, ou seja, consultas com especialistas, exames, procedimentos e cirurgias. Construção, ampliação e reforma dos serviços de Saúde- Para melhorar o acolhimento a população a Prefeitura está investindo em reforma, ampliação e construção dos postos da zona rural e urbana, com investimentos do Governo Federal e do Governo Municipal. No distrito de Iguá está em fase de conclusão a Unidade de Saúde no povoado de Lagoa Formosa, por meio de convênio com o Ministério da Saúde, no valor total de 159.891,58. 10 postos estão sendo reformados, ao todo serão investidos R$ 420.000,00 do convênio da Prefeitura com o Ministério da Saúde: Matinha, povoado da região de Inhobim; Roseira e Deusdará, região de José Gonçalves; Gameleira, região de São Joaquim; Abelhas, na região de Veredinha; Cachoeira dos Porcos, região de Iguá; Poço do Verde; Dantilândia; Caldeirão; Campo Formoso. A Prefeitura também reformou com recursos próprios: Baixa Grande, Catarina II e irá reformar: Estrela, Malhada, Algodão, Boqueirão de Cima, Itaipú, Baixão, Boa Sorte, Caiçara. Construção de postos com recursos próprios nos povoados de: Cachoeira das Araras, Velame, Matinha (Bate Pé), Oiteiro, São Mateus (Bate Pé), Capinal, Estiva e Sinzoca. Zona Urbana: a prefeitura está ampliando e reformando as Unidades de Saúde da Urbis VI e Recanto das Águas, com recursos próprios na ordem de R$127.248,08. Reformas de outros serviços- Centro de Atenção e Apoio à Vida Dr. David Capistrano Filho/CAAV, Centro de Referência em Tisiologia e Demartologia, Hospital Municipal Esaú Matos, Centro de Especialidades Odontológicas/CEO, Centro Municipal de Atenção Especializada/CEMAE, Centro de Saúde Régis Pacheco, CEREST, CAPS AD, CAPS. II. Investimentos – em 2010 a Administração Municipal investiu mais de 115 milhões reais de recursos oriundos do Governo Federal e da contrapartida municipal, para o ano de 2012 estão previstos um investimento de mais de 129 milhões de reais. Além das ações diretamente ligadas a saúde, o governo tem investido em políticas públicas de saneamento básico, infraestrutura, melhorias habitacionais, que também contribuem para a melhoria progressiva da qualidade de vida da população e redução da mortalidade infantil. Portanto, ao se definir e analisar um indicador de saúde, deve sempre ser observado a ética e o respeito por todos aqueles envolvidos, usuários, trabalhadores e gestores que têm incansavelmente empreendido esforços, diante do desafio mundial de reduzir a mortalidade infantil, defendendo, sobretudo, a vida e consolidação do SUS no município. Mortalidade Infantil: é um indicador utilizado para planejamento de intervenção em saúde. Esse indicador é o resultado do numero de óbitos de crianças menores de um ano de idade, dividido pelo numero de nascidos vivos registrados, multiplicado por mil. O relatório final é fechado a cada dois anos, logo para sua analise deve ser considerado sempre o ano anterior. Fonte: Ascom PMVC